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Terceirização, Reconhecimento de Vínculo Trabalhista e o Tema 725 do STF: O que Você Precisa Saber

A terceirização é uma prática amplamente utilizada por empresas no Brasil para otimizar recursos, reduzir custos e concentrar esforços em atividades principais. No entanto, essa estratégia também levanta questionamentos frequentes sobre os direitos dos trabalhadores e a possibilidade de reconhecimento de vínculo trabalhista. Um dos marcos importantes nesse debate foi o julgamento do Tema 725 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que trouxe um novo entendimento sobre o assunto.


O que é terceirização?

A terceirização ocorre quando uma empresa contrata outra para prestar serviços em vez de empregar diretamente os trabalhadores. Essa prática é comum em áreas como limpeza, segurança, tecnologia da informação, entre outras. Com a Lei nº 13.429/2017 e a reforma trabalhista (Lei nº 13.467/2017), o Brasil regulamentou a terceirização, permitindo sua aplicação tanto em atividades-meio quanto em atividades-fim.


Reconhecimento de vínculo trabalhista

Embora a terceirização seja legal, existem situações em que a Justiça do Trabalho reconhece o vínculo empregatício diretamente com a empresa contratante. Isso pode ocorrer quando:

  • Há subordinação direta entre o trabalhador e a empresa contratante.

  • O trabalhador desempenha atividades que se confundem com a atividade principal da contratante.

  • Existe fraude na contratação, caracterizando "pejotização" ou terceirização irregular.

Nesses casos, o trabalhador pode pleitear o reconhecimento de seus direitos trabalhistas, como salários, férias, 13º salário e FGTS.


O Tema 725 do STF: Um marco no entendimento sobre terceirização

O Tema 725 do STF, julgado em 2018, trouxe clareza ao debate sobre a legalidade da terceirização. Por maioria, o Supremo decidiu que é lícito terceirizar tanto atividades-meio quanto atividades-fim, desde que sejam respeitados os direitos dos trabalhadores. Essa decisão consolidou o entendimento de que a terceirização em si não configura fraude, mas deixou claro que abusos podem ser questionados judicialmente.


Impactos práticos do Tema 725

  1. Segurança jurídica para empresas: As empresas passaram a ter maior liberdade para terceirizar suas atividades, desde que cumpram as obrigações trabalhistas.

  2. Proteção aos trabalhadores: A decisão reforça que os direitos trabalhistas devem ser garantidos, mesmo em contratos de terceirização. Além disso, o trabalhador pode buscar a Justiça do Trabalho em casos de abuso.

  3. Fiscalização e compliance: Empresas que terceirizam precisam adotar medidas rigorosas de fiscalização para evitar passivos trabalhistas, como assegurar o recolhimento de encargos sociais por parte das terceirizadas.


Como garantir uma terceirização segura?

Para evitar problemas relacionados ao reconhecimento de vínculo trabalhista, é fundamental que empresas:

  • Realizem auditorias regulares nos contratos de terceirização.

  • Exijam comprovações de recolhimento de encargos trabalhistas e previdenciários.

  • Evitem a subordinação direta entre trabalhadores terceirizados e gestores da empresa contratante.

  • Contratem empresas terceirizadas idôneas, com histórico de conformidade legal.


Conclusão

O Tema 725 do STF trouxe avanços importantes para a regulamentação da terceirização no Brasil, proporcionando maior segurança jurídica tanto para empresas quanto para trabalhadores. No entanto, a prática ainda exige cuidado e atenção para evitar litígios e prejuízos.

Se você é empresário ou trabalhador e tem dúvidas sobre terceirização e reconhecimento de vínculo trabalhista, entre em contato conosco. Nossa equipe de especialistas está pronta para orientá-lo e garantir a defesa dos seus direitos.

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